31 de março de 2012

AS TRÊS ÁRVORES

                                                                                                                       Por: orcelia@tre-pa.gov.br
Havia no alto de uma montanha três árvores
que sonhavam o que seriam depois de grandes.

A primeira olhando as estrelas disse:
-Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.

A segunda, olhando o riacho suspirou:
-- Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas.

A terceira, olhou o vale e disse:
-- Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as
pessoas ao olharem para mim levantem os olhos e pensem em
Deus.

Muitos anos se passaram e, certo dia, três lenhadores cortaram
as árvores que estavam ansiosas em ser transformadas naquilo
que sonhavam. Mas os lenhadores não costumavam ouvir ou
entender de sonhos... Que pena...

A primeira árvore acabou sendo transformada
em um cocho de animais coberto de feno.
A segunda virou um simples barco de pesca,
carregando pessoas e peixes todos os dias.

A terceira foi cortada em grossas vigas
e colocada de lado num depósito.
Então, desiludidas e tristes, as três perguntaram:

-- Por que isso?

Entretanto, numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma
jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho de
animais e, de repente, a primeira árvore percebeu que continha
o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore estava transportando um homem que acabou por
dormir no barco em que se transformara. E quando a tempestade
quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:

-- Paz!

E num relance, a segunda árvore entendeu que estava
transportando o rei do céu e da terra.
Tempos mais tarde, numa sexta feira, a terceira árvore
espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e
um homem foi pregado nela. Logo sentiu-se horrível e cruel.

Mas logo no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria. E a
terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem
para a salvação da humanidade, e que as pessoas sempre se
lembrariam de Deus e de seu filho ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos, mas, sua realização
foi mil vezes maior do que haviam imaginado.

Portanto, não esqueça:

"Não importa o tamanho do seu sonho.
Acreditando nele, sua vida ficará mais bonita
e muito melhor para ser vivida."

Boa tarde!!!

O Mistério da Vida nas Cartas do Tarô


                      Cartas do Tarô

A verdadeira origem do tarô está encoberta por um véu de mistério. Um dos mais antigos relatos data do Egito antigo, onde, de acordo com a lenda, foram encontradas no altar do templo de Ptah, em Mênfis, imagens gravadas em pratos de ouro, que se assemelhavam a algumas das gravuras dos Arcanos Maiores do tarô.

A hipótese egípcia tem inúmeros seguidores ilustres, dentre os quais Éliphas Levy, Paul Christian, Papus, e outros. Na opinião de muitos, o tarô teve a sua origem no misterioso e há muito desaparecido Livro de Thoth, atribuído ao Deus da sabedoria secreta, Thoth, mais conhecido pelo seu nome grego, Hermes.
Diz-se que o mito possui mais autenticidade do que a história porque lida com as realidades eternas da alma, e não com os pálidos reflexos dessas realidades na tela ilusória do tempo.
Portanto, recorramos à tradição mística, para aprofundar-nos um pouco mais na história do tarô. A tradição conta que depois da destruição da grande biblioteca de Alexandria, e no início da Idade Média, alguns sábios que se reuniram na cidade fizeram, no Marrocos, decidiram criar um meio pelo qual a sabedoria iniciática da Antiguidade pudesse ser preservada para as gerações futuras. Através de sua visão profética, eles sabiam que a igreja medieval destruiria tal projeto se ficasse aparente que ele continha ideias e símbolos contrários ao que era aceito como cristão ortodoxo.

Esses sábios também estavam cientes de que a ignorância imperaria durante muitos séculos e que, consequentemente, uma transmissão verbal ou escrita da sabedoria seria inútil. Os sábios, diz a lenda, resolveram então elaborar um livro de gravuras que escaparia à atenção dos inquisidores, e continuaria durante anos a fio a lembrar aos homens e às mulheres as verdades mais profundas da vida e o caráter essencial do seu próprio ser.
As cartas, que é provável terem sido feitas originalmente em metal ou couro, eram utilizadas como uma forma de jogo e de divertimento e, desse modo, eram apreciadas por muitas pessoas que não davam valor à filosofia ou ao misticismo.

Por volta do século XIV, as imagens do tarô haviam chegado à Itália, à Espanha e à França e foram levadas para outros países pelos ciganos, que parecem haver utilizado suas gravuras principalmente com a finalidade de tirar a sorte. Existem vagas indicações, contudo, de que imagens semelhantes às do tarô já circulavam em várias formas bem antes do século XIV.

O baralho completo do tarô consiste em setenta e oito cartas, que estão divididas em dois grupos. São as cinquenta e seis cartas dos chamados Arcanos Menores e as vinte e duas cartas dos Arcanos Maiores, esses últimos também conhecidos como Trunfos Maiores
Tendo em vista que o principal objetivo do tarô é facilitar o autoconhecimento, é necessário que olhemos as cartas principalmente sob o aspecto de sua correspondência com funções e princípios psicológicos dentro da psique humana.
Assim, as dez cartas numeradas e as quatro cartas com figuras dos naipes dos Arcanos Menores juntas correspondem às quatro funções da consciência, conforme foram descritas por Jung: sensação (Ouros), pensamento (Espadas), sentimento (Copas) e intuição (Bastões).
Ao mesmo tempo, devemos ter em mente que as vinte e duas cartas dos Arcanos Maiores representam as imagens primordiais, ou os arquétipos, dento do inconsciente coletivo.

Por: Elisabeth Cavalcante

29 de março de 2012

O Olho De Hórus. O Uso Como Amuleto Mágico.

Por: Myra Woctlimer
28 de Março de 2012 23:12

O amuleto que representava o Olho Uedjat possuía um poder mágico especial e, por isso, aparecia no espólio funerário. O Olho de Hórus simboliza a implacável acuidade do olhar justiceiro, ao qual nada escapa, da vida íntima ou da vida pública. Traz proteção, ampliação da visão, restauração e força. O Olho de Hórus, ou Utchat, foi usado pela primeira vez como amuleto mágico quando Hórus o empregou para devolver a vida a Osíris.

Gozou de grande popularidade no Antigo Egito, sendo considerado um amuleto dos mais poderosos: potenciava a vista, protegia e remediava as doenças oculares, combatia os efeitos do “mau do olho" e, também, protegia os mortos. Como talismã simboliza a saúde, a prosperidade, a indestrutibilidade do corpo e a capacidade de renascer. Também era um símbolo de sorte, e era encarado como o olho branco de Hórus, isto é, a Lua.

No Egito Antigo esse amuleto era usado para, junto com uma serpente (Uraeus), representar a realeza, como também para representar poder e proteção. Antes de ser chamado de Olho de Hórus, foi conhecido como “Olho de Rá”. O Olho de Hórus e a serpente (Uraeus) simbolizavam o poder real, tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de Hórus e a usarem serpentes esculpidas na coroa e em seus objetos pessoais, para assim receberem o poder deste símbolo, pois acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma.

Esse olho é tão importante na crença egípcia quanto o terço e o crucifixo são na religião católica. Além de desenhado prodigamente em papiros e paredes de túmulos, era também esculpido na forma de amuletos que acompanhavam a múmia. Hoje em dia, o Olho de Hórus adquiriu também outro significado e é usado para evitar o mal e espantar inveja (mau-olhado), mas continua com a função de trazer proteção, vigor e saúde. Segundo o famoso egiptólogo e escritor E. Wallis Budge, “ nos textos religiosos depreendemos claramente de inúmeras considerações que se referem ao Sol no solstício de verão; dessa maneira, o amuleto parece destinado a trazer ao seu portador força e saúde semelhantes às do Sol na estação do ano em que ele é mais poderoso. No capítulo CLXVII do Livro dos Mortos, extraído do papiro do escriba Nebseni, vemos essa associação entre a recuperação do olho pela divindade e a saúde do usuário do amuleto”, explica Budge

28 de março de 2012

O que o mercado de trabalho valoriza nas pessoas? Saiba quais são as 10 principais qualidades

Por Paulo Barreira Milet | Eschola.com – 11/03/2012 19:57:00

Outro dia eu conversava com um amigo empresário e ele me perguntava quais seriam as principais características que eu valorizava em um empregado.

Eu nunca havia pensado nisso de um modo estruturado, mas em mais de 30 anos de atividades profissionais como empregado, gerente, consultor e empresário, acabei desenvolvendo uma lista de critérios que usei ao longo da vida e que agora compartilho com os leitores.

Essa lista não tem nenhuma pretensão científica e nem esgota o assunto. Mas reflete minha opinião, sedimentada ao longo dos anos. Coincidentemente, vi no Yahoo! Uma matéria tratando exatamente do caso contrário, “Os 10 comportamentos mais inadequados no trabalho”. Certamente os dois se complementam.

Usei o gênero masculino nos exemplos apenas para não ficar cansativo, mas certamente se aplicam, e bem, também às mulheres:
 

1. Iniciativa/Liderança: O LÍDER

Não esperar ordens para se mover. Fazer em primeiro lugar. Propor, sugerir, antecipar. Ter a habilidade para convencer e/ou motivar as pessoas a fazer algo, tanto por atos, quanto por palavras e exemplos. Proativo. Auto motivável.
 

2. Criatividade/Flexibilidade: O CRIATIVO

Capacidade de criar coisas novas; espírito inventivo; olhar um assunto por vários ângulos. Estar preparado e predisposto para mudanças. Ser adaptável. Ouvir e procurar compreender a motivação dos outros.
 

3. Trabalho em equipe: O AGREGADOR

Gostar de trabalhar em grupo. Capacidade de se alinhar com pessoas que trabalham na mesma tarefa, ou que unem os esforços com um mesmo propósito. Ter o espírito de solidariedade que anima os membros de um mesmo grupo. Saber elogiar (pode ser em público) e saber repreender (sempre em particular).
 

4. Capacidade de aprender e de mudar: O APRENDIZ

Gostar de coisas novas, ser curioso. Capacidade de procurar as respostas por si mesmo. Observador. Buscar entender o porquê das coisas. Capacidade de modificar, transformar, converter seu comportamento em função de fatos novos.
 

5. Respeito à opinião alheia: O EDUCADO

Tratar alguém ou alguma coisa com cuidado, atenção, deferência; Ter consideração, reverência. Capacidade de entender motivações diferentes das suas. Aceitar a diversidade, a divergência e a variedade de opiniões e comportamentos.  Saber ouvir. Não se irritar por bobagem.
 

6. Visão de cliente/qualidade: O SERVIDOR

Ter a visão de que a pessoa que compra ou usa um bem ou serviço entregue por você (dentro ou fora da empresa) é o principal mantenedor do seu emprego. Entender qualidade como a satisfação e superação das necessidades do cliente. Querer fazer sempre melhor.
 

7. Elegância no tratar e no agir: O ELEGANTE

Tratar as pessoas de modo íntegro, reto e ético. Demonstrar distinção na forma, na maneira, nos trajes. Saber escolher as palavras conforme a ocasião. Criar clima de respeito e colaboração. Ser uma pessoa “do bem”. Simpático, atencioso.
 

8. Assumir compromissos e cumpri-los: O CUMPRIDOR

Ter comprometimento. Saber se posicionar. Entender a importância de realizar a tarefa no tempo e com a qualidade prevista. Cumprir prazos. Ser confiável. Antecipar problemas que possam surgir. Não fugir da responsabilidade.
 

9. Experiência anterior/Conhecimento geral: O EXPERIENTE

Ter passado por situações similares. Saber reconhecer padrões. Conhecer modelos de processos, sistemas e organizações diversas. Gosta de ler e debater temas do momento. Conhecer e reconhecer estilos de pessoas. Ter a formação básica necessária.
 

10. Conhecimento para o cargo: O PREPARADO

Ter as informações e conhecimento para o desempenho das tarefas. Conhecer os manuais de procedimentos. Saber as normas e rotinas da empresa.

Vocês vão perceber que coloquei conhecimento para o cargo como o número 10. Se você tiver as outras nove, a décima você aprende rápido!

Depois de pronta, percebi que a lista não serve apenas para empregados, mas também para gerentes, empresários, sócios, estudantes e simples colegas de trabalho. (Leitor, qual é a sua lista?)

Se você tiver várias dessas características, pode ter certeza que vai crescer profissionalmente. Se o seu chefe não valorizá-las, sinto muito: Troque de chefe. Ele não te merece!

Leia também: Aprendendo a gerenciar com as Escolas de Samba

Fonte: http://www.eschola.com     Email: pbm@eschola.com

Paulo Barreira Milet é empresário, sócio diretor da Eschola.com, Matemático pela UnB com MBA pela FGV/RJ
Twitter: @pmilet

13 de março de 2012

Doce Áurea...

Hoje quando vinha pra cá para a Universidade, vi uma velhinha entrar pela frente do ônibus. Eu vi a Áurea. No silêncio das idades, o coração bateu mais forte. Era Áurea. Que saudades! Ao vê-la parece que o projetor de filmes de minha memória se acelerou em fração de segundos. Áurea era a figura mais idosa em minha sala de aula. Idos anos oitenta. Sempre serena, silenciosa, Áurea, eu me lembro, dormia em sala de aula. Eu, que na casa de meus vinte e poucos anos, até menos não quero calcular agora, para não espantar o leitor, não parava de rir disso, e mexia com a Áurea, despertava-a com minhas tagarelices, meus assanhamentos de menino. Tudo era alegria e brincadeira, a escola para mim era o prazer maior que vivia. Tirava notas boas só para ficar de flosô. E naquele instante que Áurea entrou no ônibus, tive a vontade de correr, abraçá-la firme, como antigamente, como se eu fosse aquele jovem. Mas, não deu, tive receio, pois ela estava distante, como estavam distantes os tempos. Talvez ela nem me reconheceria. Mas, depois que eu desci, me senti uma pessoa cruel, errependida, egoísta, fria. Deveria viver este momento, falar com Áurea, cumprimentá-la, abraça-la. Mas, eu perdi esse rico momento, e com isso perdi talvez a unica oportunidade de ve-la. Será que irei ve-la novamente? Ela já está bem velhinha. 
Eu recordo uma vez que Áurea me encontrou, após um quinze anos sem me ver e disse. Amigo, tenho até hoje o livro que você me deu de presente, está em um saco plástico, guardado em meu armário. Com tua letra, tua dedicatória. Quem sabe qualquer dia eu te mostro. E, um dia me mostrou, e o que mais me emociounou, foi a maneira como aquele velho livro de Machado de Assis estava tão bem conservado. Parecia que ela guardara um livro sagrado. Era a prova de um profundo afeto a minha pessoa. E, eu nem sequer fui falar com ela hoje. Como sou descuidado com minhas melhores amizades. Nunca me perdoarei por isso. 
Minha amiga doce Áurea, sei que não vais ler este simplório texto, mas fica aqui registrado, no meu coração essa pessoa linda que você significa pra mim, pra sempre Áurea querida.